Etapas

Com a finalização da sessão de inverno mais uma etapa foi vencida. Resolvi falar um pouco sobre o que vivi e senti durante essa época. 
O primeiro mês de estudo (janeiro) foi como se puxassem o tapete debaixo dos meus pés... me senti sem chão e muuuito perdida. Fiz a escolha de começar o curso sem pestanejar muito, fui na cara e na coragem, e então, quando me dei conta.... já tinha mudado o rumo da minha vida! Nao sei nem descrever direito como estava me sentindo, sei que meus pensamentos estavam mais rapidos do que podia controlar...eita que foi uma sacudida forte! Pensava nas razões de tanta mudança... todas... tipo espirituais, financeiras, existenciais.. AAFFF eu viajo demais! E talvez seja por isso que eu me senti tão embolada em mim mesmo.
Então acabei juntando minha confusão particular a mil novas descobertas na minha nova rotina. Sala cheia de imigrantes e quebecas, sem um minimo traço de portugues... respirei francês intensivamente nos três primeiros meses. Mas... o que me balançava mais era a grande diversidade cultural... a maneira de se vestir, de agir, de falar...tanta mistura me deu um choque nos neurônios rsrsrsrs





Não gosto muito de generalizações mas vou tentar reagrupar as "diferenças mais proximas", relacionadas a meu conhecimento nas minhas salas de aula :
Os colegas da Africa são bem expansivos, são teus amigos logo no primeiro contato, falam alto, se vestem com mil cores e mil lenços aahhh e mil tipos de perucas.... Eles normalmente já vem de paises de dominaçao francesa e não tem muita dificuldade com o francês.. tem um sotaque próprio e falam bem explicado.. O pessoal do Haiti tem muita coisa parecida e ñ vejo muitas diferenças.
Os colegas mulçumanos ( arabes, indianos...) ja tem outros principios e outras maneiras de agir.. sinto que eles te analisam mais antes de te aceitarem no seu grupo.
Os colegas orientais (chineses, japoneses, vietnamitas) Tem um sotaque bem engraçadinho e é bem mais dificil de entendê-los.
E os québecas são bem abertos, sem muitos preconceitos, bem liberais... as meninas entao... são bem independentes e não estão nem ai pra o que alguém possa estar pensando delas!
Nas minhas salas não tem muitos latinos ( tem duas colombianas e uma peruana) mas quando estavamos na francisaçao, eram maioria e nos intégravamos rapidinho ( fazemos parte de uma cultura bem parecida)...
Ahhhh,,,, ia me esquecendo da galerinha do leste europeu. O bairro do collège é praticamente uma comunidade de romenos, russos, moldavianos etc... fiquei mais proxima de uma coleguinha romena (Angélica) mas infelizmente ela desistiu do curso no meio do caminho.... Aliás, várias pessoas desistiram ... viram que não era o caminho deles e seguiram outro rumo.

O estágio no hospital me deixou mais tranquila e me tirou mais as minhas incertezas... é muito bom ter a oportunidade de começar desde o início na prática, assim vc já se prepara pra o que te aguarda e tem uma noção prática do que é a profissao.
Alias, o curso em si e todo voltado pra questoes praticas e temos que fazer varias demontracoes teatrais de situacoes reais... Ok falar em frances diante de uma sala ja 'e dificil, imagina representar... esse foi outro desafio.
Tb temos que treinar as t'ecnicas uns nos outros ou  nos manequins, depedendo das tecnicas... isso foi um ponto a favor pois favoreceu muito a integracao e o conhecimento entre todos na sala, apesar do pequeno incomodo de servir de paciente e deixar com que pessoas estranhas ultrapassem a tua " bolha" ... ok, essas pessoas estranhas comecam a se tornar mais familiares.. rsrsrsrs





Eita.. vou continuar depois pois o teclado desconfigurou a pontua'c~ao e o psot t'a loooongo....
Int'e