sábado, 15 de fevereiro de 2014

Há meros devaneios tolos a me torturar...

Sempre assim, simples assim...
Porque escrever me liberta, faz meus pensamentos discutirem com minhas letras, refletirem e levarem um peso de mim. Porque os antônimos cohabitam em mim e quando a guerra de quem prevalece se torna eminente... eu escrevo pra encontrar a paz... pra fazer as pazes entre esses antônimos e encontrar na verdade, o equilibrio.
Porque ainda encontro tanta resistência em aceitar a vida e seus desafios de forma tranquila e serena... teimo em ir atrás de "porquês", quando a resposta é tão simples e eu até já conheço... são expériencias que me servem de engrandecimento e evolução, que eu tanto peço coragem pra enfrentar em minhas conversas com Deus... e quando estou de frente com o desafio, me sinto tão incapaz e pequena.. poderia fazer melhor. Parece que li a "receita" num sei onde e esqueci de usar alguns ingredientes... parece uma conversa conhecida que esqueci alguns pedaços e fica dificil fazer a união das partes pra compreender, pra seguir o "fio da meada"...
Intensas emoções habitam e se espremem em alguma parte de mim pra saber qual é a que tem prioridade. E assim vivo na minha luta ativa contra a conexão com as vibrações baixas, a busca do equilibrio... isso demanda energia e disciplina. 
Em novembro me deixei invadir... deixei a corrente me levar, não queria aceitar a avalanche que me dominava, queria só existir sem fazer forças pra ultrapassar os desafios... e nessa ingenuidade sem ação, conheci un "blues"desconfortável, apaguei minha luz temporariamente... mesmo sem muitos perceberem a dimensão que isso representava. E assim me senti "murcha" diante da vida. Utilisei o possível de minhas energias pra seguir meus objetivos imediatos, à curtissimo prazo (ansiedade de sempre querendo as coisas pra ontem...) E consegui... Mobilizei forças do céu e da terra e consegui o que parecia escorrer pelos meus dedos. Passei em todos os cursos do semestre na universidade, consegui meu afastamento temporário no trabalho, fui ao casamento da minha outra irmã no Brasil e, de presente de Natal, engravidei de novo.
Boom! Estava me sentindo extenuada de cansada e tanta coisa boa assim foi um balsamo !!! Viver esse momento tão único ao lado de minha família e amigos foi realmente como uma chuva de bençãos que veio renovar minhas energias. Foram 3 semanas de tranquilidade, carinho e amor compartilhados. Sem falar da oportunidade que tivemos de retornar em Jericoacoara, sentir a presença divina naquela natureza linda e rememorar nossos anos muito bem vividos por lá. E esse ano comemoramos nossos 13 anos de relacionamento com muita felicidade!
De retorno à vida real, com uma semana de atraso na faculdade, mais uma vez as gotas de sangue vieram me puxar à uma nova (já conhecida) realidade... Sim, com 9 semanas, a nossa gravidez foi interrompida espontaneamente de novo. Ver o sonho se desfazer.. Enfrentar, aceitar com resignação, ser forte, engolir seco e extravasar... mas acima de tudo confiar... Entre explicaçoes cientificas e estatisticas, aceitar como uma realidade normal : o erro cromossomico tão provável e quem sabe protetor (sim acredito na perfeição da natureza, mas meu egoismo ainda está sendo trabalhado) Porém isso não me completa, sinto meio que um curto-circuito entre minha razão e minha emoção.... e o enorme vazio fica sendo preenchido com o engrandecimento e o amadurecimento da minha fé... sim, a confiança em que nada acontece por acaso, que temos missões à cumprir e provações à vivenciar. E assim eu retorno à meu equilibrio (neutralizo o curto-circuito... rsrsrs). As repostas aos meus devaneios são claras e sinto-me protegida quando estou conectada aos meus ideais espíritas-cristãos. Porém... pra manter essa conexão, é necessário muita energia e disciplina (Vigiai e orai sempre!).... principalmente quando se está estudando a tempo integral com seis cursos e muita, muita matéria acumulada. Gestão de pensamentos e de tempo em "mode on" todos os momentos! Não é facil esse combate à inércia mental e a falta de concentração . Muito mais fácil e confortavel ao meu ego seria só existir e me deixar invadir pela autopiedade, sem lutar pra seguir em frente apesar dos tropeços, das feridas doídas e ainda expostas... 
Como estou? Vestida com as "armas de São Jorge", em trabalho ativo contra meu orgulho, em construção de uma fé mais disciplinada e racional, em busca de conexão com o alto... sem deixar a peteca cair.
E em tudo dai graças...